Caros colegas,
Esse trabalho mostra as diferenças e possíveis causas da dificuldade de intubação na Unidade de Terapia Intensiva comparada a Intubação na Sala de Cirurgia.
A alta incidência de dificuldade de intubação na UTI é relacionada a:
- Fatores relacionados ao intubador (falta de experiência ou pequeno número de procedimentos/mês)
- Fatores relacionados ao paciente (pacientes críticos com pouca reserva pulmonar e/ou instabilidade hemodinâmica)
- Falta de uso de agentes farmacológicos para concretizar a Intubação
- Fatores Ambientais: espaços limitados, pouca luz no local e cama de difícil posicionamento
Durante 33 meses, 208 pacientes foram intubados previamente na sala de cirurgia e tiveram que ser intubados na UTI.
A maior incidência de necessidade de IOT na UTI foi insuficiência respiratória aguda (83%) e a maioria desses pacientes foram submetidos a ventilação não invasiva antes da IOT.
A Intubação na UTI foi associada a pior visualização glótica comparada a visualização na sala do centro cirurgico (mesmos pacientes). O número de tentativas de IOT na UTI foi estatisticamente maior quando comparado com a sala de cirurgia.
O número de complicações decorrentes da intubação foi maior na UTI quando comparado com a sala de cirurgia.
Muitos autores consideram a Unidade de Terapia Intensiva um fator de risco independente para a dificuldade de IOT.
Apesar da taxa de sucesso na primeira tentativa de IOT na UTI ter sido menor que na sala de cirurgia, ela foi próxima de 90% (muito boa!). Isso pode ter sido decorrente do uso freqüente de bloqueadores neuromusculares na unidade de terapia intensiva (96%). O uso de bloqueadores neuromusculares otimiza as condições de intubação, melhorando a visualização glótica e diminuindo o número de tentativas de intubação.
As meta-análises ainda são controversas quanto a taxa de sucesso dos videolaringoscópios na primeira tentativa. Dois estudo que fala a favor do uso como primeira escolha e um recente que mostra que não houve diferença.
Houve maior incidência na taxa de complicações na UTI se comparada a sala de cirurgia (hipoxemia, hipotensão e intubação esofágica). As taxas de complicações em pacientes críticos pode chegar a 40%.
Tudo que esta escrito acima é minha tradução/interpretação livre. Isso não reflete a opinião dos autores.
Achei esse trabalho interessante pois comparou a intubação no mesmo paciente em momentos diferentes (sala de operação e unidade de terapia intensiva). Vale ressaltar que fizeram uso de bloqueadores neuromusculares na maioria dos pacientes e por isso tiveram alta taxa de sucesso na primeira tentativa de IOT. Cabe lembrar que o ambiente da UTI é sempre mais hostil e com maiores obstáculos que na sala de cirurgia. Isso obriga que os intensivistas sejam muito bem treinados para poderem realizar a intubação da melhor forma possível.
Abraços,
Equipe CTVA
Tudo que esta escrito acima é minha tradução/interpretação livre. Isso não reflete a opinião dos autores.
Achei esse trabalho interessante pois comparou a intubação no mesmo paciente em momentos diferentes (sala de operação e unidade de terapia intensiva). Vale ressaltar que fizeram uso de bloqueadores neuromusculares na maioria dos pacientes e por isso tiveram alta taxa de sucesso na primeira tentativa de IOT. Cabe lembrar que o ambiente da UTI é sempre mais hostil e com maiores obstáculos que na sala de cirurgia. Isso obriga que os intensivistas sejam muito bem treinados para poderem realizar a intubação da melhor forma possível.
Abraços,
Equipe CTVA
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