Tive a oportunidade de conduzir outra intubação em paciente com tumor cervical (C1-C2) que tinha fratura de femur e fratura de úmero. Foi escalado para correção dessa fratura e uma colega solicitou ajuda para realizar a intubação para anestesia geral.
Mais uma vez, esse paciente fazia uso contínuo de colar cervical e o maior risco é a intubação com possível lesão medular por fratura e compressão medular.
Como sou fã de broncofibroscopia e acho a melhor opção para esses casos, fiz anestesia tópica de orofaringe e "Spray as you go" pois não acho razoável tirar o colar cervical para fazer a anestesia translaríngea mesmo estabilizando a coluna cervical. Muito risco para pouco benefício. Foi realizada a intubação orotraqueal sem intercorrências.
Tumor cervical (branco) em ressonância magnética |
Com esse segundo caso de tumor cervical, quero deixar uma mensagem para os leitores: não basta saber fazer uma via de abordagem no manejo de via aérea e muito menos saber somente uma técnica. Devemos saber manipular o broncofibroscópio e as vias oral e nasal sem medo pois em algumas situações será mandatório usar uma ou a outra técnica e digo a mesma coisa dos bloqueios para anestesia tópica.
Quanto mais individualizarmos o tratamento de nossos pacientes, melhor.
Boa semana a todos,
Daniel Perin
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